Em 2010, Lobão foi eleito senador com mais votos até do que a governadora Roseana Sarney (PMDB). O hoje ministro teve 1.702.085 votos. Para o governo, Roseana teve 1.459.792 votos. Seu nome é sempre o melhor colocado entre os indicados do grupo Sarney para concorrer ao governo do Estado.
O secretário de Infraestrutura tem como cartão de visita sua administração á frente da prefeitura de São José de Ribamar, com bons índices de avaliação. Como ele gosta de se definir, é um municipalista, portanto, tenta convencer os prefeitos da valorização das prefeituras caso seja o próximo governador do Maranhão.
Na "pré" corrida eleitoral, Luís Fernando esteve no final de semana passado assinando a ordem de serviço para construção da estrada que dá acesso ao município de Cajari, cortando o território do município de Viana, na Baixada Maranhense. Neste final de semana, esteve no segundo maior colégio eleitoral do Maranhão, Imperatriz. Na segunda-feira, estará participando do aniversário do município de Afonso Cunha, onde também irá assinar ordens de serviço para a cidade.
Oposição - O principal candidato da oposição, Flávio Dino é pré-candidato desde o final da eleição de 2010. Há uma semana ele iniciou o movimento "Diálogos pelo Maranhão", e percorre as cidades do interior do Estado com seu grupo político. Flávio diz que no projeto de mudança de seu grupo político quer construir uma política em dialogo com a sociedade. "Queremos construir um programa de mudanças para o Maranhão. O que estamos propondo é a superação da imensa injustiça social do nosso estado, fazendo com que as riquezas que são de todos sirvam a todos, e não a poucos. E essas mudanças começam pelo jeito de fazer política. Vamos buscar na sociedade do Maranhão o conhecimento dos problemas reais, e debater as soluções para construir um futuro melhor. Em síntese, queremos uma politica moderna, ampla e justa". O comunista alega que algumas pessoas ainda tem o modelo antigo de fazer política, sem ouvir a população e ele defende um modelo somando as contribuições de todos.
A deputada Eliziane Gama (PPS) foi a primeira a se movimentar para que o seu nome se torne conhecido em todo o Estado. Com a proposta que intitulou de Via Alternativa e Popular, a presidente do PPS já percorreu vários municípios levando sua proposta e se tornando mais conhecida fora da capital, seu principal reduto eleitoral. A Via Alternativa esteve em Santa Inês neste final de semana. "A aceitação está muito grande e isto mostra que há aceitação da população para debater um outro projeto para o Maranhão e o PPS capitania este debate", afirmou a deputada.
Por conta da semana Santa não haverá encontro da VAP no próximo final de semana. Mas no seguinte o destino será Rosário, aproveitando o debate sobre a Refinaria Premium.
Questionada sobre a grande antecedência do debate eleitoral, Eliziane considera que é necessário discutir política fora do período eleitoral, até para envolver a maior parcela da população. "Acho que é até muito importante o debate mais cedo. Não podemos simplesmente em três meses de campanha fazer a apresentação da proposta. A proposta tem que ser construída pelo povo. A população não pode ser envolvida apenas no ano da eleição, mas participar todo o tempo. Este é o sentimento que nós temos. Defendemos a participação popular permanente no processo político".
Sobre o movimento do grupo de Flávio Dino, Eliziane considera válido para que o outro pré-candidato também possa ouvir os reclames da sociedade na construção de seu plano de governo. "Nós começamos antes a movimentação. Não conheço o Movimento Diálogos pelo Maranhão e qual a sua estratégia, mas acho que tudo que e feito para que a população possa se manifestar é salutar para o estado. Este é o grande cerne do debate eleitoral: ouvir a cidade", lembrou.
Apesar da indefinição sobre o seu destino partidário, Hilton já adianta que deseja unir o PDT, PMN, PP e PRP em torno de sua candidatura. "Hoje estou no PDT e gostaria muito de ser candidato pelo partido, mas já recebi convites do PP e PRP, até setembro tomo uma decisão, mas acredito que é possível formamos essa aliança", finaliza.
Movimento é legal
Para o advogado especialista em Direito Eleitoral, Rodrigo Lago, estas movimentações dos candidatos são legais. O que não é permitido neste período é fazer a campanha propriamente dita, mas a própria legislação diz que o candidato deve fazer um plano de governo, então, nada mais correto do que discutir com o eleitor este plano. "Fazer política é legal e até esperado. Só se faz plano de governo discutindo. O que não se pode ainda é fazer propaganda. Se apresentar como candidato. A lei permite que se faça este tipo de reunião para estabelecer o Plano de Governo. Não pode fazer adesivos, outdoor. Não pode enviar material para a casa do eleitor no qual diga que é candidato", analisou.
O advogado diz que o impedimento da propaganda eleitoral antecipada é justamente para evitar o abuso de poder econômico, já que assim o candidato com mais recursos, faria propaganda com tanta antecedência, que no período da campanha, o com menos recursos não poderia nem pleitear a candidatura. "No período pré-eleitoral não se pode divulgar a candidatura como certa. Pedir votos em evento público no período vedado foi justamente uma das razões que embasaram a cassação de Jackson Lago e também faz parte do processo contra Roseana", enfatizou.
Caso o evento seja fechado, direcionado a lideranças políticas e partidários, o pré-candidato pode expor a candidatura livremente.
Palavra do especialista
Essa precocidade de campanha se deu inicialmente no plano federal. A presidenta se lançou pré-candidata. Geralmente quem está no poder, espera para saber quem serão os adversários. Isso é reflexo do medo do PT de que partidos da base aliada tenha candidaturas próprias, principalmente o PSB, com Eduardo Campos. No plano estadual, a pré-campanha dos presidenciáveis força a pré-campanha por aqui. A campanha no Maranhão não está desvinculada da nacional. Mas aqui pré-campanha é ainda mais intensa por não se ter ainda um cenário palpável nem de quais serão os candidatos e quais serão os palanques para os candidatos a presidente. No Maranhão, oposição e governo são da base da presidente Dilma. A única candidatura definida, aliás, desde o final da última eleição, que é a do Flávio Dino, ainda está condicionada a qual palanque ele vai dar. O governo ainda está definindo seu candidato. A Eliziane Gama aproveita o bom resultado da eleição municipal de São Luís para se lançar. Mas passando do Estreito dos Mosquitos a situação é complicada, pois no Maranhão, mais que os partidos, existem famílias que controlam a política local. Se ela tiver poder de barganha e estratégia com estas famílias, tem uma boa estratégia para tornar seu nome conhecido.
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