O promotor de Justiça do 5º
Tribunal do Júri de São Paulo, Rogério Leão Zagallo, sugeriu, durante mensagem
postada na sua página do facebook, que a Polícia Militar atirasse em
manifestantes do Movimento Passe Livre, que realizavam um protesto contra o aumento
das passagens de ônibus coletivos na capital paulistana.
“Por favor, alguém poderia
avisar a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e
que se eles matarem esses filhos da puta eu arquivarei o inquérito policial”,
disse o promotor na rede social.
Com concentração inicial em
frente ao Teatro Municipal, o ato reuniu 5 mil pessoas na última quinta-feira e
seguiu em caminhada pacífica pelas ruas do centro da cidade contra o aumento da
tarifa no transporte público da capital paulista. Exercendo seu legítimo
direito de se manifestar, as pessoas ocuparam importantes vias da capital e em
seguida sofreram diversos momentos de repressão violenta por parte da Polícia
Militar.
Não foi a primeira vez que
o promotor Rogério Zagallo defende que dar tiro “em filho da puta” ou “bandido”
é a melhor solução.
Em reportagem publicada
pelo portal R7, no dia 16 de setembro de 2011, consta:
“Bandido que dá tiro para matar tem que tomar tiro para morrer”.
Foi com argumentos desse tipo que o 1º promotor de Justiça do 5º Tribunal do
Júri, Rogério Leão Zagallo, pediu à Justiça de São Paulo que arquivasse um
processo sobre um suposto assalto contra um policial civil que terminou com um
suspeito morto. O crime, considerado pelo promotor como ato de “legítima
defesa” ocorreu em setembro de 2010. O texto da promotoria é de 24 de março de
2011. (Leia aqui a matéria completa).
O promotor divulgou resposta sobre o ocorrido também no
facebook. Ele diz que o comentário “foi
fruto puramente de desabafo feito por pessoas que estavam há muito tempo
paradas no trânsito (3 horas ao total), mas que tinham compromisso com seus
filhos de poucos anos de idade que os aguardavam sozinhos para serem apanhados.
Sabia-se que as crianças estavam nervosas e ansiosas esperando serem resgatadas
e levadas para suas casas…”
E os amigos leitores, o que
acham?
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