Jornal Pequeno
Cerca de 200 pessoas foram às ruas nesta sexta-feira (10), em São Luís, para pedir a intervenção federal no sistema carcerário do Maranhão. A manifestação teve concentração em frente à Biblioteca Benedito Leite, no Centro, e seguiu em direção à sede do Executivo Estadual, o Palácio dos Leões.
O grupo também reivindica mais segurança na cidade, sob alegação de que o efetivo policial é pequeno no estado.
Na Avenida Gomes de Castro e na Rua do Passeio, o trânsito ficou comprometido por conta da manifestação. Guardas da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) precisaram auxiliar o fluxo de veículos para garantir a fluidez no trânsito. A manifestação também passou pela Rua Grande, principal centro comercial da capital maranhense.
Antes da chegada dos manifestantes, o acesso ao Palácio dos Leões foi fechado.
A mobilização ocorre em meio à crise no sistema penitenciário do estado. Na semana passada, uma onda de ataques na capital maranhense, deflagrada de dentro do presídio, resultou na morte da menina Ana Clara, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado em um atentado a ônibus, na Vila Sarney Filho. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram internadas, e quatro ônibus foram incendiados. Duas delegacias foram alvejadas na capital. Desde domingo, 22 pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento nos ataques, entre elas seis menores.
Para tentar conter a situação, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nessa quinta-feira (9), em São Luís, a elaboração de um plano emergencial. Ao todo, serão 11 medidas. Entre elas, está a criação de um comitê gestor, gerido pela governadora Roseana Sarney e supervisionado pelo governo federal, que prevê ações integradas entre Executivo, Legislativo e Judiciário.
Além disso, o plano, que terá medidas implantadas anteriormente em outros estados, também prevê a remoção de presos; a realização de mutirão de defensores públicos para analisar caso a caso a situação de detentos; plano de ação integrada de inteligência prisional; implantação de núcleo de atendimento a familiares de presidiários (saúde, assistência psicológica); integração do Ministério Público e Poder Judiciário; implantação de plano de atendimento e capacitação para policiais que estão envolvidos diretamente em ações de segurança; penas alternativas; e monitoramento; além da construção de novas unidades prisionais.
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