Maranhão da Gente
A desistência da cúpula do PMDB nacional de vir ao Maranhão participar de um ato de apoio a Roseana Sarney na semana passada sinaliza que nem mesmo entre os caciques do PMDB em Brasília, há uma crença de que a atual governadora do Estado possa concorrer ao senado nas eleições de outubro.
A baixa popularidade de Roseana Sarney apontada nas pesquisas de opinião pública e a péssima repercussão das declarações dadas pela governadora à imprensa durante a crise no sistema penitenciário maranhense acabaram por deixar ainda pior a popularidade da governadora.
O baixo desempenho de Luis Fernando Silva, pré-candidato ao governo do Estado nas pesquisas de intenção de voto, faz com o que Roseana Sarney e o grupo político da governadora articulasse até a saída do petista Washington Oliveira, da linha de sucessório, preparando terreno para que em caso de renúncia de Roseana Sarney para a disputa do Senado, Luís Fernando assumisse o mandato tampão e ficasse no governo do Estado, disputando a eleição na cadeira de governador.
Porém, a situação de Roseana Sarney junto ao eleitorado preocupa os estrategistas políticos do Palácio dos Leões, e como não conta com a certeza de que terá condições de disputar a vaga no Senado com expectativas de vitória, Roseana Sarney deve ficar no posto de governadora até o final do mandato, abdicando do plano de retornar ao Senado.
O cenário atual, de extrema dificuldade para o grupo Sarney, faz com que Roseana Sarney tenha de deixar de lado os planos de retornar a Brasília e fique com a tarefa de ajudar na eleição de Luís Fernando Silva, que por sua vez não consegue subir nas pesquisas de intenção de voto, e já adota a tática do ataque desesperado ao pré-candidato do PC do B, Flávio Dino, para tentar reverter a desvantagem nas pesquisas, tendo o fardo de ser o candidato de uma governadora que deve encerrar o mandato com um intenso desgaste junto a opinião pública.
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