Seu José é um senhor um cidadão Brasileiro uma pessoa sem
estudo mais de um coração hospitaleiro,
Certa vez supreedeu um Doutor
com suas palavras e bom humor sendo- lhe bem verdadeiro.
Era tempo de campanha política e o Doutor se paroximou pedindo - lhe seu voto, puxou a cadeira e se
sentou foi logo se apresentando depois ficaram conversando e seu José assim
falou.
Doutô num sô covarde de nenhum luta num corro daqui Pra lá
num morro Tô com a alma ferida e quero lhe contá a vida Deste eleitô cachorro.
Doutô quando eu vim do mato Lá eu era um caçadô Tinha um
cachorro véi E ele muito me ajudô muitas vez matô a fome da famia deste Com as
caças que acuô.
Mas eu num lhe dava comida e o cachorro se adoentô Nas
minhas idas pro mato Mais nunca me acompanhô ,Ai fui vê Que num dava bom dicumê Aquem tanto me
ajudô.
Ele era tão bom de caça! Acuava peba, tatu , cutia, Quando a
caça chegava Era sé aquela alegria! Mas hoje tenho remorso porque só lhe dava
os ossos Das carne que eu comia.
E por ser tão bom de caça no mato era um guerreiro
Durmia lá no burrai Bem no fizim do
terrero, Eu quase lhe mato de fome Ele só ganhô
o nome Chamado de brasileiro.
Ai que fui percebê Que no mundo tem castigo pois eu pude vê,
nesta boa hora eu digo, Maltratei meu companheiro E que eu
fiz com o brasileiro
Também fizero comigo.
Brasileiro se acustumô assim.
E hoje nunca quis mudá Quanto mais se passa o tempo,
Mais abestaiado tende a ficá,
Hoje mesmo todo véi e quebrado E se eu lhe dé um chamado Já
que o bichim vem pra cá.
O Brasileiro sabe tudo tudo que passô E parece num se
importá, So basta um instalá nos dedo pro bichin se animar, Vem cum o rabo
entre as pernas Leva um tapa, nem berra... E no ponto prá tudo está.
De quatro em quatro ano é ano de eleição, aparece gente de todo
lado querendo sê bom cidadão as promessas inté são boa e engana as pessoas que
fica tudo na mão.
E depois que come as carne, com as cunvesras de Deutô, Mais
nunca mostra as cara imbora sim sinhô! Vão e num diz nem tchau Quem fica no au,
au...É o pobre de eleitor.
Depois que se elege vira as costa prá lá, e o pobre do eleitô que serviu pará lhe adujá Nunca mais é exergado e até prá lhe dá um recado Tem que prá isso se humilhar.
Entra ano e sai ano e cada vez eu me comovo, Entra os nosso
governante Mas na disgraça tá o povo ,
vatamo tudo iludido, Mas nós nunca é acudido E é a merma coisa dinovo.
Eu cansei de sê como brasileiro Ajudô e não foi ajudado,
Alem da vida de cachorro Que a vida já tem me dado, Terminá como ele eu num vô
pois me cansei seu douto De nunca sê enxergado.
brasileiro se cansô Num presta mais prá caçar Eu tambem tô
cansado Num posso mais trabaiá Ainda sô um eleitô Mas me desculpe seu doutô Num
presto mais prá votá.
Já votei para deputado, Governo senadô, Presidente da
republica prefeito e veradô, A eleição
já tá chegano E o povo ainda votano Em quem nunca e enxergô.
Me desculpe se doutô Não quero lhe agravá Só contei minha vida Você pode analisá Infelizmente seu doutô Quero dizê pro sinhô
Que não sirvo mais prá votá."
O candidato ouviu aquilo não teve o que refutar Admirou a sinceridade
Daquele humilde lugar ficou ali calado Boquiaberto e admirado Com o que acabara
de escutar.
E dali o candidato saiu Um pouquinho desconfiado Apertou a mão de seu josé Dizendo
- lhe muito obrigado, Seu josé nem sabe se ele foi eleito Se era vereador ou prefeito, Mas aquilo nele ficou marcado.
''Então meu bom (e) eleitor Que tipo de cachorro é você ?Tá
chegando outra eleição Gente começando a aparecer, Com as conversas e propostas e nas mesmas lorotas
prá tentar se eleger.
E depois que se
elegem Abandonam a população ainda vão
comemorar com cerveja e camarão, Mangando dos eleitores Em são Luis do
Maranhão.
(AUTOR:ANTONIO KLEBER)
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