Uma equipe, que fazia a entrega da alimentação escolar indígena na aldeia Sibirino, no município de Itaipava do Grajaú, foi impedida de deixar a aldeia na noite desta quarta-feira (6), e, até o momento, está mantida sob o poder dos indígenas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Em menos de um mês, essa é a segunda vez que técnicos da Seduc, no exercício de suas funções, são impedidos de desenvolverem suas atividades em prol da educação escolar indígena, nas aldeias.
A Seduc disse por nota que, no último domingo (3), deslocou 29 equipes com a finalidade de realizar a entrega de gêneros alimentícios em 283 escolas indígenas, localizadas em 19 municípios.
Após a retenção coercitiva da equipe na aldeia Sibirino e ameaças de retenção de outra equipe que faria a entrega no município de Grajaú, a secretaria determinou a suspensão imediata dos serviços nessa localidade, o que acarretará prejuízos na alimentação escolar de 385 alunos indígenas de sete escolas.
Segundo a Seduc, as cestas de alimentação escolar indígena são compostas de gêneros alimentícios perecíveis, tais como: carnes, frutas, legumes, entre outros, e que a suspensão da entrega ocasionará a perda desses alimentos, além de prejuízos aos cofres públicos, tendo em vista que, com esta etapa de distribuição, que é a terceira realizada nesse ano, foram investidos cerca de R$ 1,1 milhão.
A Secretaria está tomando todas as providências junto aos órgãos competentes para a liberação, o mais breve possível, da equipe e esclarece que o governo do Maranhão está em diálogo permanente com as lideranças indígenas, no sentido de assegurar os direitos e encaminhar melhorias para a educação escolar desses povos.
(G1)
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