Blog do Djalma Silva: Após vinte e dois dias, a mãe de Ana Clara ainda não sabe da morte da filha

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Após vinte e dois dias, a mãe de Ana Clara ainda não sabe da morte da filha

                 O imparcial
         Juliane foi transferida para o hospital de Brasília no dia 9 de janeiro (Honorio Moreira)
Após 22 dias da morte de Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, a mãe, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, que está internada no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília, não sabe da morte da menina. Elas e mais três pessoas identificadas como Márcio da Cruz Nunes, de 37 anos; Lorane Beatriz Santos, de um ano e seis meses, e Abiancy Silva dos Santos, de 35 anos, sofreram queimaduras de 1º e 2º grau durante ataque ao coletivo da empresa Requinte, que faz linha Sarney Filho I, cometido por integrantes de facções criminosas ocorrida na noite do último dia 3 de janeiro.

A prima de Juliane, Miguelina Carvalho, falou que ela pergunta diariamente sobre o estado de saúde das suas filhas. Uma das respostas dadas a ela, é que as meninas estão sob cuidados médicos, mas, ao saber especificamente da condição de Ana Clara, Juliane sempre chora de forma intensa ao ouvir que a saúde da menina está nas mãos de Deus.

Foi necessária uma equipe médica formada por assistentes sociais e psicólogos para confortá-la. “A minha tia apenas falou para Juliane que ela lembrava apenas o momento em que Ana Clara estava em chamas andando pela rua. Isso foi o bastante para começar a crise de choro”, comentou.

Devido a isso, os médicos pediram para os familiares ainda não contarem sobre a morte de Ana Clara. Juliane está internada no HRAN desde o dia 10 e já foi submetida a vários procedimentos cirúrgicos, inclusive um desbridamento ocorrido no dia 16. No momento, começaram as etapas dos enxertos dos ferimentos.

Ela respira de forma espontânea com auxílio de máscara de oxigênio, sem a necessidade de assistência ventilatória e durante os cuidados pós-cirúrgicos foi observada melhora nas áreas queimadas, embora, ainda haja necessidade de novos procedimentos.

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